quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Partiu meu irmão Renaldo.


Passou 67 anos, 9 meses e 22 dias em nosso mundo, e foi hóspede ameno.
Sorria para todos, com ou sem motivo plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dava prazer.
Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e oriental. Familiares, amigos e desconhecidos, gratificados com esse sorriso (encantador), abonam a classificação.

Sua simples presença e seu sorriso compensariam providências e privilégios maiores. Recebia tudo com naturalidade. Acordaria sorrindo, como de costume

Jamais me voltei para Renaldo que ele não me sorrisse; tivesse eu um impulso de irritação, e me sentiria desarmada com a sual maneira de olhar-me.

Partiu meu irmão Renaldo. Ficou refletindo na falta que fazem ele e seu sorriso aos que aqui ficam, vividos e puídos.

De repente o mundo ficou vazio.

No ônibus (22/09/2010)

Parafraseando Drumond (No aeroporto)