sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Para sempre Mamãe

Onze anos com mamãe em outra morada de Deus.
Hoje a saudade, o amor, a presença que ficou, como um esboço de luz, uma marca que não se apagou, que estará sempre gravada em nossos corações e nas nossas mentes.
Nada se apaga, nem se esquece, porque faz parte de nós. A sua essencia é indivisível da nossa, somos um só com ela.
Cada gesto, impresso em nossa lembrança, a voz, o riso, os gritinhos, os pulinhos, a brabeza, a retidão, os conselhos, os carinhos, os dedinhos afastando meus cabelos, as mãos, pequenas, em meu rosto..."Deus lhe abençoe, minha filha"
Nunca quis ter outra mãe, ela era inerente a esta função, encaixava com perfeição no seu papel - minha mãe, naturalmente, desde sempre, mãe.
Como é fácil ser filha. Eu nem percebi que ela envelheceu (Só gostava de brincar com as "pelanquinhas" da sua mão, e ficar de dedos entrelaçados aos dela, alisando seu braço....)
Mas ver que ela estava mais frágil? Nunca. Mamãe pareceu sempre ser forte, poder tudo, não precisar de nada - tão maior do que eu, pequena junto dela - filha.
Ela parecia tão imortal, estava desde sempre em minha vida, e pensei que estaria para sempre.
Hoje sei que ela é imortal mesmo - no seu amor, que ainda nos ama, e em tudo o que deixou gravado, para sempre, em nós. Mãe, te amamos tanto! Muito mais do que você também tivesse pressentido.
Fica com Deus.