Futuros amantes Chico Buarque/1993 | |
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Não se afobe, não Que nada é pra já O amor não tem pressa Ele pode esperar em silêncio Num fundo de armário Na posta-restante Milênios, milênios No ar E quem sabe, então Sábios em vão Não se afobe, não |
domingo, 31 de janeiro de 2010
Todo o sentimento
Cristóvão Bastos - Chico Buarque/1987 | |
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Preciso não dormir Até se consumar O tempo da gente Preciso conduzir Um tempo de te amar Te amando devagar E urgentemente Pretendo descobrir No último momento Um tempo que refaz o que desfez Que recolhe todo o sentimento E bota no corpo uma outra vez Prometo te querer Até o amor cair doente Doente Prefiro então partir A tempo de poder a gente se desvencilhar da gente Depois de te perder Te encontro, com certeza Talvez num tempo da delicadeza Onde não diremos nada Nada aconteceu Apenas seguirei, como encantado Ao lado teu |
As minhas meninas Chico Buarque/1986 Para a peça As quatro meninas | |
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Olha as minhas meninas As minhas meninas Pra onde é que elas vão Se já saem sozinhas As notas da minha canção Vão as minhas meninas Levando destinos Tão iluminados de sim Passam por mim E embaraçam as linhas Da minha mão As meninas são minhas Só minhas na minha ilusão Na canção cristalina Da mina da imaginação Pode o tempo Marcar seus caminhos Nas faces Com as linhas Das noites de não E a solidão Maltratar as meninas As minhas não As meninas são minhas Só minhas As minhas meninas Do meu coração |
Um tempo que passou Sergio Godinho - Chico Buarque/1983 Gravada no disco Coincidências - Sergio Godinho - EMI | ||
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Vou Uma vez mais Correr atrás De todo o meu tempo perdido Quem sabe, está guardado Num relógio escondido por quem Nem avalia o tempo que tem Ou Alguém o achou Examinou Julgou um tempo sem sentido Quem sabe, foi usado E está arrependido o ladrão Que andou vivendo com o meu quinhão Ou dorme num arquivo Um pedaço de vida, vida A vida que eu não gozei Eu não respirei Eu não existia Mas eu estava vivo Vivo, vivo O tempo escorreu O tempo era meu E apenas queria Haver de volta Cada minuto que passou sem mim Sim Encontro enfim Iguais a mim Outras pessoas aturdidas Descubro que são muitas As horas dessas vidas que estão Talvez postas em grande leilão São Mais de um milhão Uma legião Um carrilhão de horas vivas Quem sabe, dobram juntas As dores coletivas, quiçá No canto mais pungente que há Ou dançam numa torre As nossas sobrevidas Vidas, vidas A se encantar A se combinar Em vidas futuras E vão tomando porres Porres, porres Morrem de rir Mas morrem de rir Naquelas alturas Pois sabem que não volta jamais Um tempo que passou |
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