segunda-feira, 9 de agosto de 2010
A saudade tá chegando devagarinho...
No quarto vazio, na hora de acordar e olhar se ele está bem, na hora de chamar para almoçar, na mesa, depois do almoço, ao voltar do trabalho, na hora de dormir e de novo acordar. Faltam as palavras tantas vezes repetidas, o som das respostas, o beijo, o abraço em todas as saídas e chegadas. Tantos gestos, expressões, olhares...Novamente me parto em duas e agradeço por ser essa uma ausência tão feliz!
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Parafraseando Clarice: Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
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